A maneira como um povo escolhe seus métodos seja de construção do saber ou da própria produção está diretamente relacionada a forma como a realidade se manifesta para esse povo. E a realidade se manifesta segundo Forças Naturais e humanas, mas porque eu ressalto as forças Naturais, porque elas são regidas pelos ciclos harmônicos do tempo e do espaço, enquanto a humana em sua quase totalidade está sendo regida apenas por interesses de campos distintos e autônomos e crenças dogmáticas.

A temporalidade nos permite perguntar: e agora o que vamos viver? Como será nossa sociedade? O que há de novo e como esse novo interage com as antigas tradições, se é que interage.

O saber e as suas produções sejam tecnológicos ou domésticos permeia por um dos campos que mais se expandiu e se manteve ao longo das civilizações: a Eco Nomia ou Economia (Ambiente Regulado). Após a regulamentação do ambiente ou do espaço territorial o indivíduo passou a ser regulado por interesses produtivos e de consumo que passaram a ser pauta majoritária em todos os ouros campos, todos. 

O dilema dessa regulação é que foram e são sendo feitas apartados de uma base ética e filosófica capaz de manter a integridade e a dignidade do ser humano bem como de todo o espaço que o circunda.

As Revoluções Industriais trouxeram serias modificações para as nações e seu povo. A falta de um olhar mais maduro sobre os sistemas de produção e a construção do conhecimento imprimiram na sociedade do século XXI um quê de Ausência. Ausência de si mesmo, ausente do ambiente que o acolhe. Essa falta de conexão entre o produto, a matéria prima, o produtor e o consumidor abrem espaço e brechas para que outros interesses tomem conta do leme e o barco da nossa vida siga para direções que desconhecemos.

É dentro desse contexto que a Aldeia Nova Aurora propõe a iniciativa de se experimentar um sistema de construção do conhecimento, produção, distribuição e consumo baseado em mudanças fundamentais de nossa sociedade e da economia para um novo paradigma, tentando equilibrar o desenvolvimento econômico com a resolução de problemas sociais e ambientais. Não se restringindo ao setor manufatureiro, ou comercial, mas enfrentando desafios maiores baseados na integração de espaços físicos e virtuais.

 A Casa do Saber propõe uma experiência na qual tecnologias avançadas são ativamente utilizadas na vida cotidiana, indústria, saúde e outras esferas de atuação, sem o intuito principal das vantagens econômica, mas para o benefício e conveniência de cada cidadão. Nesse contexto ainda vale ressaltar as maestrias de cada ser, em colocar a disposição suas competências de liderança, empreendedorismo, criatividade, cooperação e empatia.

As relações em Rede de Apoio são conduzidas com base na personalização das experiências dos clientes, produtos criados para interagirem, cadeia produtivas responsáveis e democráticas, criação de valores além da esfera econômica e da eficiência operacional, formação continua e transferência de saberes e tecnologias, humanização das tecnologias, qualidade de vida e inclusão social.