Quando o ser humano olha para sua realidade e para a vida na qual ele faz parte assim quando ele busca saber qual sua função na Vida, no que se refere a Polis ou a cidade onde ele mora, a região, país ou planeta, ele utiliza um banco de referências mentais e emocionais que permite observar o mundo e sua realidade de maneiras diferentes. Então dependendo dos arquivos que se colecionam é a forma como vamos ser capazes de ver a realidade mesmo que esteja ao nosso lado. 

Desta forma é importante que saibamos, com a maior clareza possível, quais as regras comportam esses espaços, sejam regras naturais como o clima, as forças e ciclos da natureza bem como a forma como os indivíduos regem esses ciclos, e distribuem essas forças. Ou seja, todos precisam conhecer as forças que atuam na Polis para poder fazer suas escolhas e criar assim seus bancos informacionais mentais, emocionais e espirituais.

Essas regras devem apontam de forma tranquila como os indivíduos devem se comportar sabendo o que poderão fazer, o que poderão usufruir quais são suas obrigações e quais são as posições para possíveis equívocos desde que esses equívocos estejam plenamente definidos como uma questão normativa legal.

É então nesse contexto que a Casa da Cidadania se coloca a serviço, baseada na ética e na busca de dignificar a experiência humana no espaço determinado Aldeia Nova Aurora. O trabalho desenvolvido pela Casa da Cidadania é oferecer meios onde os interesses e as maestrias de todos sejam empregados de forma colaborativa e digna, mantendo a saúde física, mental, emocional e espiritual do indivíduo, bem como os fluxos dentro do espaço.  

A Aldeia Nova Aurora conta com um tripé para regulação de suas regras e modus operantes que criam sua realidade: o ser humano, regras da vida e decência da vida do ser humano. Isso pressupõe  valorizar o ser humano, buscar uma função para o ser humano por meio de um processo digno, ou seja, todos devem ter os mesmos direitos, oportunidades e meios.  

É importante que o individuo seja protagonista de sua própria vida, e a dignidade humana só poderá ser vivida se o homem souber expressar a sua cidadania já que o que há de mais importante na vida de todos nós é a nossa relação com o chão que estamos pisando, é a nossa relação com o ambiente em que estamos vivendo e a relação com nossa casa seja ela física, planetária ou sua casa universal.

É, portanto, uma relação política, no seu sentido mais literal da palavra, é uma relação de interação no âmbito da filosofia não é no campo da crença. Por muito tempo o ser humano está sendo comandado por campos dogmáticos que ditam seus referenciais emocionais, mentais, espirituais e cognitivos. Esses campos são os campos econômicos, de produção, da construção do conhecimento, histórico, social e político e tantos outros.

É preciso construir noções básicas da filosofia existencial humana, assim a Aldeia Nova Aurora é um exercício de cidadania para essa construção e a questão de cidadania do ser humano que é o que liga o ser humano a sua vida cotidiana a cada momento da existência é o assunto essencial.

 O ser humano para poder existir não existe sozinho ele existe com o outro em algum lugar, isso também é uma perspectiva política não de crenças e dogmas e  em existindo com o outro as regras de convivência tem que estar estabelecida e concordadas pois a democracia é cheia de defeitos mas é a melhor coisa que dispomos, é a maneira menos ruim das pessoas juntas conseguirem  interagir umas com as outras obedecendo regras e discutindo os interesses em comum estudando as divergências e fazendo o Vida seguir.

Assim a cidadania que é a expressão básica do ser humano com a vida foi substituída por uma série de hábitos alguns hábitos que precisam ser revistos com o andar da humanidade, onde não valorizamos nossa racionalidade já que Vida é a transformação de consciência.